Programação científica sublinhou a importância da oferta de uma abordagem psicológica especializada e integrada ao paciente em tratamento oncológico O I Congresso Amazônico de Oncologia do Hospital Ophir Loyola (HOL) contou com uma programação especial sobre o papel crucial da psicologia no tratamento de pacientes oncológicos. A “Jornada de Psicologia” realizada na sexta-feira, 15, reuniu 27 palestrantes, incluindo profissionais da psicologia, medicina e enfermagem, para reforçar a importância da abordagem multidisciplinar no cuidado aos pacientes com câncer. Segundo Rivonilda Graim, coordenadora do serviço de psicologia do HOL, o evento foi uma oportunidade para refletir sobre os avanços do setor e discutir temas essenciais da área. “Estamos celebrando 34 anos de atuação da psicologia no hospital, e escolhemos uma temática que integra oncologia, cuidados paliativos e a finitude da vida, além de resgatar o percurso de conquistas ao longo desse tempo”, destaca Graim.Foto: Marco Santos / Ag. Pará A equipe de psicologia do hospital é composta por 30 profissionais, que acompanham os pacientes desde o momento da entrada no hospital, durante o tratamento e até a finalização do acompanhamento psicológico. Para Rivonilda Graim, o maior desafio da equipe na atuação dos psicólogos em oncologia é conseguir a adesão dos pacientes ao tratamento. “Nosso maior desafio é trabalhar a adesão ao tratamento, pois é fundamental oferecer suporte emocional para que o usuário consiga enfrentar todas as etapas da intervenção terapêutica de forma equilibrada”, explica a psicóloga, enfatizando que o apoio psicológico é essencial em todas as fases do processo de adoecimento. Ela ainda ressalta que o HOL se distingue pelo trabalho psicológico integrado e acolhedor. “Desde o diagnóstico, o paciente é imediatamente acolhido por um psicólogo e tem direito a acompanhamento contínuo, antes, durante e após qualquer procedimento. Esse suporte é fundamental para o bem-estar emocional do enfermo”, explica Graim, destacando que cerca de 250 pessoas participaram da jornada, realizada nesta sexta-feira (15). ” O congresso é uma excelente oportunidade para a troca de conhecimentos e para fortalecer a divulgação do nosso trabalho, além de proporcionar aprendizado contínuo, já que somos um hospital de ensino”, completa. A presidente da Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia, Fabiana Caron, também esteve presente e elogiou a qualidade do serviço de psicologia do Hospital Ophir Loyola, que considera uma referência nacional. “O serviço de psicologia do HOL é um modelo a ser seguido por outros hospitais do Brasil. É um trabalho validado, onde os psicólogos têm autonomia para atuar e integrar a equipe multiprofissional de forma eficaz, sempre em benefício do paciente e da respectiva família”, avalia a presidente. Ela acrescenta que, embora alguns hospitais possuam serviços de psicologia, muitas vezes esses profissionais não têm a autonomia necessária para desempenhar seu papel de forma plena. Ainda segundo Fabiana Caron, o maior desafio da psicologia na oncologia é a especialização. “Assim como procuramos um oncologista quando diagnosticados com câncer, devemos buscar psicólogos especializados na área. O atendimento a pacientes oncológicos exige um conhecimento profundo sobre as complexidades emocionais que essa doença traz, tanto para o paciente quanto para sua família e o círculo social”, explica a psico-oncologista. Ela destaca ainda a importância de eventos como o congresso para sensibilizar a sociedade sobre a relevância e contribuição do psicólogo para o tratamento integral do câncer. A Jornada de Psicologia no Congresso Amazônico de Oncologia sublinhou a importância de uma abordagem psicológica especializada e integrada ao tratamento oncológico, oferecendo suporte emocional indispensável para pacientes e suas famílias. Além disso, destacou a necessidade de ampliar o reconhecimento e a valorização dessa especialidade para um cuidado mais completo e eficaz no combate ao câncer. Texto: Ascom HOL
CONGRESSO DEBATE AVANÇOS E DESAFIOS DA REDE DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE EM ONCOLOGIA
Representantes de hospitais da rede pública estadual que ofertam atendimento em oncologia debateram práticas e formas de melhorar a oferta de serviços Gestores, médicos e profissionais da área da saúde debateram na tarde desta sexta-feira (15) os avanços e desafios dos atendimentos na rede de assistência de média e alta complexidade. O debate integra o I Congresso Amazônico de Oncologia do Hospital Ophir Loyola, em Belém, iniciado na quinta-feira (14), com encerramento no sábado (16). O segundo dia de programação contou com a participação de representantes do HOL, que é o Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Estado do Pará, e das demais Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons). Com o tema “Cacon e Unacons”, houve uma mesa-redonda para debater a “Rede de assistência de média e alta complexidade em oncologia do Estado do Pará: avanços e desafios”. A oncologista Ana Paula Borges destacou os avanços do HOL no atendimento de casos de câncer. “O principal desafio, hoje, é diagnosticar o câncer em fase inicial para elevar a chance de sucesso na terapia oncológica e, consequentemente, de cura. E o Pará tem avançado bastante nessas intervenções terapêuticas, fazendo com que os centros de referência tenham cada vez mais equipamentos de ponta e especialistas para tratar da doença”, ressaltou. De acordo com Ana Paula Borges, o Estado presta assistência especializada em todas as regiões de saúde. “O atendimento é feito por meio de macrorregiões, com Unacons, que são referências, com localizações estratégicas para atender todas as localidades que ficam próximas. Essas unidades são responsáveis pelo diagnóstico precoce e tratamento do câncer”, explicou a especialista. Integração – Patrícia Martins, coordenadora Estadual de Oncologia, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), informou que a mesa-redonda reuniu toda a rede de oncologia estadual para debater as práticas e formas de melhorar ainda mais a oferta de serviços. “Debatemos os avanços da rede, principalmente a integração desses diferentes serviços. Por meio da Câmara Técnica de Oncologia discutimos os avanços e as perspectivas de melhoria do acesso, especialmente a Lei dos 30 dias sobre diagnóstico precoce do câncer, e a Lei dos 60 dias para que o paciente diagnosticado possa iniciar tratamento oncológico. O objetivo desse encontro é melhorar o sucesso do tratamento e garantir um atendimento de qualidade, de assistência na oncologia no Estado do Pará”, frisou Patrícia Martins. Com dimensões continentais e regiões com dificuldades de acesso, o Pará tem muitos desafios a serem superados no atendimento aos casos de câncer. Segundo Patrícia Martins, a realização do Congresso cumpre uma importante função: a comunicação e integração, para que todos os profissionais atuantes na rede de assistência conheçam os serviços ofertados em cada unidade, a fim de garantir o acesso a ribeirinhos, indígenas, quilombolas e moradores de áreas rurais de difícil acesso. Dificuldades – “Esses pacientes enfrentam um percurso muito grande para chegar até Belém. Portanto, precisamos divulgar os serviços das unidades próximas aos locais onde residem e proporcionar o atendimento dentro da região de origem, sem que eles precisem se deslocar para outros municípios. Isso é muito importante”, disse Patrícia Martins, acrescentando que “o objetivo deste Congresso é trazer todas as tecnologias, as vertentes, sobretudo em relação ao atendimento humanizado, ao atendimento de qualidade na assistência dos nossos pacientes da região amazônica”. A cada ano, segundo Ana Paula Borges, “o Hospital Ophir Loyola faz mais de um milhão de atendimentos em todas as especialidades, e assiste pacientes oncológicos não só do Pará, mas de estados vizinhos, como o Amapá e o Maranhão”. Além do HOL, atuam no atendimento de casos de câncer as Unacons dos municípios de Santarém, Tucuruí, Marabá e Castanhal, e os hospitais Universitário João de Barros Barreto e Oncológico Infantil Octávio Lobo, ambos em Belém. Mais dois hospitais garantem o atendimento, nos municípios de Paragominas e Parauapebas, que mesmo não sendo Unacons ofertam assistência de referência. Texto: Ascom HOL
MESA-REDONDA DESTACA TUMORES CEREBRAIS, INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E PERSPECTIVAS FUTURAS NO CONGRESSO DE ONCOLOGIA DO HOL
Debate reuniu os principais nomes de referência nessa área de alta complexidade no País durante o 1º dia do evento científico Especialidade médica voltada para tratamentos cirúrgicos e invasivos de doenças do sistema nervoso central e periférico, a neurocirurgia contou com uma sessão especial, nesta sexta-feira, 15, durante o I Congresso Amazônico de Oncologia do Hospital Ophir Loyola, realizado no Hangar – Centro de Convenções e Eventos da Amazônia, em Belém. A mesa-redonda “Tumores cerebrais, inovações tecnológicas e perspectivas futuras” foi presidida pelo superintendente do Instituto de Neurologia do HOL, Joel Monteiro de Jesus, moderada por José Antônio de Lima e composta pelos palestrantes José Reginaldo Brito, Matheus Reghin Neto, Eduardo de Arnaldo Vellutine e Vanessa Albuquerque Paschoal Aviz Basto, de São Paulo. “A neurocirurgia tem evoluído muito nos últimos anos, assim como todo tratamento oncológico. Com o passar do tempo, tanto o conhecimento neuro-anatômico quanto as técnicas têm avançado e, cada vez mais, temos conseguido fazer cirurgias com maior segurança para nossos pacientes”, assegura Matheus Regin, neurocirurgião, especializado em cirurgia de base de crânio. Matheus Regin, que atua no Instituto de Ciências Neurológicas do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, reconhece a existência de desigualdades regionais na oferta de bons serviços a pacientes. “O principal desafio é ter estrutura, ter material e ter conhecimento igual. Como a neurocirurgia é muito cara, o maior desafio é conseguir ter equilíbrio e conseguir integrar as duas coisas, porque, às vezes, têm neurocirurgiões ótimos e hospitais que não têm estrutura”, argumenta. Em sua palestra, ele abordou “Acessos cirúrgicos a tumores da base de crânio”. Já Eduardo Vellutine, doutor em Medicina pelo Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, expôs sobre “Tratamento hipofisário invasivo”. Ele destacou que os tumores cerebrais são difíceis de tratar e, especialmente por isso, é fundamental o trabalho conjunto entre profissionais de diferentes especialidades. “Junto com otorrino [especialista em ouvido, nariz e garganta], conseguimos uma remoção mais radical possível do tumor, preservando a função do nariz etc. Depois, o endocrinologista (especialista em doenças relacionadas aos hormônios e ao metabolismo), para tratar com medicação, neste caso, radioterapeuta. E, nos tumores mais agressivos ainda, o oncologista atuante com o tratamento quimioterápico. Essa abordagem multidisciplinar é que vai proporcionar melhor resultado para os doentes”, garante. A formação de equipes multidisciplinares para o tratamento dos pacientes, acrescenta Eduardo Vellutine, já é uma prática frequente nos hospitais universitários. O congresso – Nos dias 15 e 16 de novembro, o evento será realizado das 8h30 às 18h30, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A finalidade é promover um espaço de divulgação de pesquisas científicas desenvolvidas no HOL e em outras instituições do Pará, além de debater e disseminar conhecimento científico multidisciplinar nas áreas de referência de alta complexidade, com a presença de especialistas da Amazônia e de outras regiões do Brasil. Os mais de 2 mil congressistas inscritos poderão conferir a exposição do legado de 112 anos do HOL. Estão programados minicursos, jornadas, painéis, simpósios, mesas-redondas e cerca de 220 palestras. Haverá apresentação de e-pôsteres e estandes, com expositores das redes de saúde pública e privada. Sobre o Hospital – Certificado como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) e Hospital de Ensino pelo Ministério da Saúde e Ministério da Educação, o HOL participa do Plano Estadual e da Rede de Atenção Oncológica do Estado do Pará. Atende mais de 70% da demanda oncológica paraense, sendo responsável pelo atendimento de adultos com casos de câncer do aparelho ginecológico, urológico e digestivo das regiões de Saúde Metropolitana I, II e III. É referência para o atendimento de todos os tipos de câncer em todas as regiões de saúde do Pará e estados vizinhos. A unidade hospitalar também é referência em neurologia, neurocirurgia e transplantes de córnea, medula óssea e rim. Oferta programas de residência médica, multiprofissional e uniprofissional, e participa de estudos multicêntricos nacionais e internacionais. Texto: Ascom HOL
ESPECIALISTAS DEBATEM MÉTODOS DIAGNÓSTICOS E TRATAMENTOS OFERTADOS PARA NEOPLASIAS DE FÍGADO, VIAS BILIARES
Evento abordou condutas terapêuticas e reuniu especialistas, médicos, residentes e estudantes de medicina no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia Como parte da programação do I Congresso Amazônico de Oncologia do Hospital Ophir Loyola (HOL), realizado no Hangar, a sessão intitulada “Neoplasia de fígado, vias biliares e pâncreas” contou com as palestras de Agnaldo Lima (MG), Eduardo Ramos (PR) e Camila Tabosa (PA), tendo como debatedores Nataliê Almeida Silva (SP) e Bernard Costa Favacho (SP) e a moderação refinada de Paulo Soares, chefe do Departamento de Cirurgia Abdominopélvica do hospital. Conforme o doutor em oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), Paulo Soares ressalta que “todo congresso visa trocar ideias e cada um aprender com a experiência do outro. É assim que crescemos cientificamente”. No entanto, não se perde de vista que cada região tem uma incidência de câncer diferente. “O Brasil é muito grande e nós temos, por exemplo, incidências de tumores gástricos muito altos em Belém, alguns tumores no fígado, causados pelo Vírus B e pelo Vírus C. O paciente só tem a ganhar com nossa integração”, garante. A melhor forma de se fazer o diagnóstico do paciente e a melhor terapêutica para cada caso têm se desenvolvido, apesar dos desafios. “Com os meios de comunicação mais avançados, temos maior rapidez em saber o que está acontecendo na Europa, na América do Norte ou na Ásia. Obviamente, os métodos diagnósticos dependem também da disponibilidade financeira nos sistemas público e privado. Mas, é assim que conseguimos obter resultados que antigamente não era possível, resultados com maior fidelidade sobre aquilo que está acontecendo com o paciente e mensurando melhor o tamanho da doença”. Diagnóstico – Coordenador de Transplante de Fígado da Santa Casa de Belo Horizonte e professor da Pós-graduação em Cirurgia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Agnaldo Lima acredita que o Brasil conquistou mais avanços nos processos de diagnóstico do que nos tratamentos. “Na maioria dos serviços, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS), temos um parque de ferramentas para diagnóstico com tomografia, ressonância, ultrassonografia, laboratórios. Estamos muito mais próximos do que sonhamos em termos de capacidade para diagnosticar. Já o tratamento, quando é cirúrgico, temos muitos recursos, mas, quanto a drogas e equipamentos, estamos mais atrás”, comparou. O professor é cauteloso quanto a paralelos regionais no que se refere ao acesso de pacientes ao diagnóstico e tratamento das doenças. Agnaldo Lima argumenta que “em Minas Gerais, na capital e em algumas cidades-polo, existem atendimentos de excelente qualidade. Mas, o interior de Minas sofre muitas limitações. Obviamente, tem uma explicação de emprego de recursos: a concentração otimiza o uso dos recursos, mas, dificulta para quem precisa se deslocar por horas e horas até o local de atendimento; é muito sofrido não só porque ele tá doente, mas, por nem sempre ter recursos próprios para se manter em outros lugares”. Em uma das três palestras proferidas na manhã desta sexta-feira, 15, “Tratamento de metástases hepáticas do cólon: quando indicar cirurgia Upfront ou Neoadjuvância?”, Agnaldo Lima dissertou, justamente, neste contexto de um diagnóstico preciso antes de se optar pela cirurgia, imediatamente, antes da quimioterapia – a chamada cirurgia Upfront. A título de ilustração, tem-se que “a discussão sobre quimioterapia neoadjuvante ou não só se aplica aos tumores não-obstrutivos no cólon e ressecáveis no fígado”. O congresso – Nos dias 15 e 16 de novembro, o evento será realizado das 8h30 às 18h30, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A finalidade é promover um espaço de divulgação de pesquisas científicas desenvolvidas no HOL e em outras instituições do Pará, além de debater e disseminar conhecimento científico multidisciplinar nas áreas de referência de alta complexidade, com a presença de especialistas da Amazônia e de outras regiões do Brasil. Os mais de 2 mil congressistas inscritos poderão conferir a exposição do legado de 112 anos do HOL. Estão programados minicursos, jornadas, painéis, simpósios, mesas-redondas e cerca de 220 palestras. Haverá apresentação de e-pôsteres e estandes, com expositores das redes de saúde pública e privada. Sobre o Hospital – Certificado como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) e Hospital de Ensino pelo Ministério da Saúde e Ministério da Educação, o HOL participa do Plano Estadual e da Rede de Atenção Oncológica do Estado do Pará. Atende mais de 70% da demanda oncológica paraense, sendo responsável pelo atendimento de adultos com casos de câncer do aparelho ginecológico, urológico e digestivo das regiões de Saúde Metropolitana I, II e III. É referência para o atendimento de todos os tipos de câncer em todas as regiões de saúde do Pará e estados vizinhos. A unidade hospitalar também é referência em neurologia, neurocirurgia e transplantes de córnea, medula óssea e rim. Oferta programas de residência médica, multiprofissional e uniprofissional, e participa de estudos multicêntricos nacionais e internacionais. Texto: Ascom HOL
HOL DESTACA PANORAMA DO CÂNCER NO BRASIL NO I CONGRESSO AMAZÔNICO DE ONCOLOGIA
Número de casos aumentou em pessoas mais jovens, destacou diretor-geral do Instituto Nacional do câncer, programação segue até este sábado, 16 O I Congresso Amazônico de Oncologia do Hospital Ophir Loyola (HOL) realizada na quinta-feira, 14, reuniu profissionais e estudantes da área de saúde no Teatro Margarida Schivasappa. O evento contou com a participação do diretor-geral, Dr. Jaques Neves, da diretora de Ensino e Pesquisa, Margareth Braun, vice-reitora da Uepa, Ilma Pastana; da representante da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), Samara Ayan, da promotora de justiça Fábia Fournier e do deputado Estadual Nilton Neves. A programação trouxe ainda a apresentação cultural do centro de dança Ana Unger. Na ocasião, personalidades que contribuíram com o trabalho desenvolvido pelo Hospital Ophir Loyola receberam a medalha Ophir Pinto de Loyola, comemorativa aos 112 anos da instituição celebrados, no último dia 12 de outubro. A conferência magna foi ministrada pelo diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão do Ministério da Saúde (MS), Roberto Almeida Gil. “Este é o primeiro congresso da maior instituição de oncologia da região Norte do Brasil, hospital que presta assistência de alta complexidade em neurologia, neurocirurgia e transplantes e que, assim como o Inca, formula políticas públicas para prestar uma assistência com qualidade técnica e humanitária para a população paraense e da região amazônica. Portanto, agradeço ao governo e à Sespa pelos investimentos necessários à modernização dos serviços e a aquisição de equipamentos de ponta. Temos como exemplo a nova radioterapia e o Centro de Cuidados Paliativos Oncológicos, o primeiro da nossa região”, afirmou Jaques Neves. O gestor destacou ainda as obras de construção do novo serviço de Medicina Nuclear para a instalação do Gama-Câmara e da Central de Material Esterilizado (CME). “Em breve iremos avançar com construção de uma nova Unidade de Atendimento Imediato (UAI) e não posso deixar de destacar a implantação do Sistema de gestão Hospitalar “SOUL MV” que passará a automatizar todos os processos de um hospital centenário que também precisa ficar à frente do seu tempo, na gestão”, destacou o diretor-geral. Doenças crônicas não transmissíveis aumentam no Brasil O diretor-geral do Inca, Roberto de Almeida Gil, destacou o aumento dos casos de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil durante a conferência magna. Segundo o oncologista clínico, os dados de incidência do câncer no norte do país apontam que o câncer de próstata é a primeira causa de mortalidade por câncer no sexo masculino, seguido pelo câncer de estômago, pulmão, cólon e reto, e cavidade oral. Porém, o especialista alerta que esse cenário pode ser mudado com mudanças de hábitos e ações estratégicas. Em todo o Brasil, o câncer de mama é a primeira causa de mortalidade no sexo feminino. Na região norte, o câncer de colo de útero é a segunda causa de mortalidade por neoplasia maligna nas mulheres. A contaminação por papilomavírus (HPV) acomete mulheres muito jovens, a partir dos 29 anos. O aumento de casos de câncer colorretal em pessoas mais jovens também é uma preocupação do Instituto. Segundo o especialista, essa é uma consequência da má alimentação precoce que gera fatores de risco mais cedo e que se manifestam com a doença. “Existe a necessidade de termos estratégias de tratamento, apesar das mortes por causas externas como a violência, as neoplasias malignas devem atingir a primeira causa de morte no país, porque aumentou 61% nos homens e 76,% nas mulheres. A mortalidade por câncer está subindo rapidamente e a doença cardiovascular está mais ou menos estabilizada porque hoje é a principal causa de mortalidade no Brasil. Tudo indica que teremos uma inversão nesses dados”, afirmou o diretor do Inca. Ainda conforme Roberto de Almeida Gil, o câncer é uma prioridade do governo Lula, portanto foi criada a Coordenação-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer – CGCAN pelo MS. Ele também citou a Lei 14.758/2023, promulgada em dezembro de 2023, que moldou todos os aspectos de uma linha integral de cuidado do câncer, desde a prevenção, o diagnóstico precoce, os tratamentos da doença e os cuidados paliativos com o intuito de minimizar os efeitos de uma doença crônica. O diretor do Inca destacou que, atualmente, consegue-se curar 56% dos cânceres diagnosticados no Brasil. Conforme destacou, ainda se está longe da realidade dos países mais desenvolvidos que conseguem curar 75% dos cânceres diagnosticados. “Os recursos são destinados majoritariamente para a doença avançada, metastática, portanto o custo desse tratamento é insustentável. Precisamos tratar o câncer em fase inicial e curável, para que esse indivíduo possa ser reintegrado a uma sociedade e possa ser uma pessoa economicamente ativa. É imprescindível ter pesquisas epidemiológicas, de prevenção, de cuidados e de implementação de rastreamento e de diagnóstico precoce, só assim conseguiremos mudar o panorama atual”, ressaltou. Texto: Ascom HOL
HOSPITAL OPHIR LOYOLA DIVULGA SERVIÇOS DE REFERÊNCIA NO XX CONGRESSO MÉDICO AMAZÔNICO
A instituição também informou aos participantes sobre as inscrições ao I Congresso Amazônico de Oncologia do HOL, que será realizado de 14 a 16 de novembro de 2024 Informações sobre as referências e programas de residência médica, multiprofissional e uniprofissional foram divulgadas pelo Hospital Ophir Loyola (HOL) XX no Congresso Médico Amazônico, realizado de 16 a 18 de agosto em Belém, no Hangar Convenções & Feiras da Amazônia, com o tema “Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a CP 30”. Unidade de Saúde de Alta Complexidade, o “Ophir Loyola” manteve um estande no evento para divulgar os serviços e também realizou conferência e palestra na sala Ubirajara Salgado. O HOL, que integra a rede estadual de saúde pública em Belém, é certificado como Hospital de Ensino pelo Ministério da Saúde (MS), atuando na promoção e no apoio ao desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa e extensão, além de planejar, coordenar, supervisionar e executar as atividades de ensino de graduação e pós-graduação para a qualificação dos alunos da área de saúde e profissionais da rede do sistema de saúde. “Eventos como esse são fundamentais para divulgarmos os serviços ofertados pelo Hospital em prol da população usuária do SUS (Sistema Único de Saúde) e daqueles que pretendem fazer especialização em áreas de alta complexidade para atuar em nossa região”, afirmou a diretora de Ensino e Pesquisa do HOL, Margareth Braun. Tecnologia – Um dos destaques da programação foi a conferência “8 anos da Biologia Molecular no Hospital Ophir Loyola”, ministrada pelo responsável técnico e doutor em Genética Rommel Burbano. Em 2016, a instituição inaugurou o primeiro laboratório hospitalar do Norte do Brasil a fornecer análises de biomarcadores validados por diferentes Sociedades Científicas, que podem ser utilizados como ferramentas de diagnóstico, prognóstico, monitoramento da terapia e prevenção do câncer. Segundo Rommel Burbanno, os biomarcadores permitem detectar alterações genéticas relacionadas às malignidades a partir das análises qualitativas e quantitativas dos ácidos nucléicos das células tumorais. “A evolução dos testes moleculares permitiu a identificação de mutações responsáveis pelo aparecimento da neoplasia maligna, as diferenças genéticas dos tumores de enfermos com um mesmo tipo de câncer e a melhor terapia a ser utilizada em um determinado indivíduo”, informou o responsável técnico. Conhecimentos – A instituição divulgou ainda as inscrições para o I Congresso Amazônico de Oncologia do HOL, que será realizado de 14 a 16 de novembro de 2024. O evento visa divulgar conhecimentos científicos no campo da oncologia e alta complexidade, além de promover o debate sobre inovações e avanços para a prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidados paliativos oncológicos. A abertura oficial será no dia 14 de novembro, no Teatro Margarida Schivasappa, no Centur, e programação científica ocorrerá nos dias 15 e 16, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Banco de Tecido Ocular – Durante a palestra sobre tema “O Papel do Banco de Tecido Ocular no Estado do Pará”, o responsável técnico e oftalmologista Alan Costa, do HOL, destacou as ações exitosas que culminaram em 346 doações de tecidos oculares em 2023, e representaram um aumento de 200% nas doações em relação a 2022. “A cooperação técnica celebrada entre o Hospital, o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) e o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), da Polícia Científica do Pará (PCEPA), sob a coordenação da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), juntamente com o trabalho desenvolvido pelas equipes atuantes na captação, mudou esse cenário. Atualmente, conseguimos acompanhar novas técnicas cirúrgicas na seleção dos tecidos e ofertar para a realização do transplante de córnea endotelial, considerado minimamente invasivo”, informou Alan Costa.
OPHIR LOYOLA INSTITUI PROTOCOLO HOSPITALAR QUE REDUZ RISCO DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
O monitoramento das ações preventivas minimizam o agravamento do quadro clínico do paciente e a piora repentina das condições fisiológicas do paciente O Hospital Ophir Loyola (HOL) promove, de 12 a 14 de agosto, a capacitação do Protocolo de Deterioração Clínica para todos os profissionais da equipe multiprofissional da unidade. O treinamento busca estabelecer um alto padrão de atendimento, reduzir os riscos de paradas cardiorrespiratórias e ofertar uma assistência mais segura aos pacientes internados, por meio de um Sistema de Alerta Precoce para mensurar e classificar a gravidade de um paciente. A programação é desenvolvida pela Diretoria Clínica, Assessoria de Qualidade e Segurança e Centro de Enfermagem. Reconhecido como um distúrbio fisiológico grave ou uma piora súbita dos parâmetros vitais dos pacientes, a deterioração clínica causa sinais e sintomas agudos que aumentam a probabilidade de óbito ou desencadeiam internações não planejadas em leitos de Unidades de Terapias Intensivas (UTIs). A identificação e a interpretação adequada dessas condições permite a intervenção rápida e interrompe a piora clínica. Para reconhecer as situações de alerta, o Hospital implementou a Modified Early Warning Score (MEWS) ou Escala MEWS, que consiste em uma adaptação da escala com mudanças frente às respostas adaptadas aos serviços. “A finalidade é prevenir a ocorrência de eventos graves que podem evoluir a óbito, para isso consideramos a frequência cardíaca, o nível de consciência, temperatura, pulso, respiração e pressão arterial sistólica (valor mais alto que aparece durante uma aferição e está ligada ao movimento de contração do coração). Este score tem seu método de avaliação com as mesmas bases fisiológicas e clínicas, levando uma leitura rápida e eficaz aos profissionais a fim de preservar a condição de saúde do paciente”, informou a diretora clínica, Vânia Brilhante. A assessora de Qualidade e Segurança, Alessandra Leal, destacou que o protocolo foi adaptado conforme a gravidade de perfis assistidos: acamados, clinicamente emagrecidos e com mais comorbidades. Os pacientes recebem pontuações ou scores em conformidade com critérios pré-estabelecidos. “A avaliação e detecção precoces daqueles que precisam de uma atenção mais próxima, modifica desde os sinais vitais até a comunicação ao médico integrante da clínica ou da Time de Resposta Hospitalar (TRH) do HOL, para avaliar esse paciente. Inclusive, a necessidade de exames, medidas clínicas ou mesmo leito de UTI na avaliação para que a nossa assistência se torne mais eficaz e segura”, enfatizou a diretora clínica. A abordagem teórica é realizada por meio de palestras com participação de profissionais da equipe assistencial. “Os servidores aprendem a calcular os scores para cada paciente usando os cinco parâmetros vitais ou fisiológicos, segundo a Escala MEWS. Eles também serão acompanhados no momento da aplicabilidade durante a prática diária in loco. Os programas de capacitação são imprescindíveis para a orientação, elaboração, implementação e monitoramento das ações preventivas executadas para minimizar o agravamento do quadro clínico do paciente”, concluiu Alessandra Leal.
OPHIR LOYOLA ALERTA PARA PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
Diagnóstico precoce eleva a chance de cura em até 90% Neste sábado (27), é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. A doença é mais comum na população acima de 50 anos e atinge cerca de 40 mil brasileiros por ano, conforme aponta a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mais de 70% dos casos são diagnosticados em estágios avançados, portanto as instituições de referência em oncologia, como o Hospital Ophir Loyola (HOL), aderem à mobilização nacional para alertar sobre a prevenção e o diagnóstico precoce. Este ano a campanha “Julho Verde”, desenvolvida pela Sociedade de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCP), completa 10 anos. O intuito é alertar para o diagnóstico tardio que dificulta o tratamento, traz consequências para autoestima e autoimagem dos pacientes e aumenta, consideravelmente, a mortalidade. As neoplasias malignas da região de cabeça e pescoço acometem a pele, a glândula tireoide, a boca, a faringe (também chamada de garganta) e a laringe, que é o órgão formador da voz. O coordenador da Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HOL, Alberto Kato, alerta para os principais sintomas que devem ser avaliados. “Normalmente, aparecem nódulos no pescoço, manchas avermelhadas ou feridas que não cicatrizam em duas semanas na boca até mesmo na pele. Outros sintomas são o sangramento nasal, a dificuldade ou a dor para engolir alimentos e as alterações na voz ou rouquidão por mais de 15 dias, que devem ser investigados principalmente em adultos acima de 30 anos, com passado de tabagismo e de bebidas alcoólicas”, orientou. Kato destaca a importância do diagnóstico precoce para aumentar a chance de cura em torno de 90%. “A probabilidade de cura para o câncer de tireoide é de mais de 95%, enquanto que o câncer de boca gira em torno de 80% por ser um pouco mais agressivo. A taxa é em torno de 80% para o câncer de laringe , mas para câncer de pele gira em torno de 90%. A exceção se faz quando se fala em melanoma, uma neoplasia maligna de pele que tem uma ocorrência menor, porém, costuma ser mais agressiva e espalhar para outros órgãos. É preciso muito cuidado quando se tem manchas escuras na pele e até mesmo na boca”, enfatizou. Em fase inicial, a maioria dos tumores de cabeça e pescoço é tratada com cirurgias. Portanto, caso sejam identificadas manchas ou feridas persistentes na pele ou na boca, um médico deverá ser consultado para realização de uma biópsia. As mulheres devem ficar atentas à glândula tireoide por não ser visível e palpável, portanto, devem fazer um check-up anual com exame de ultrassonografia para identificar tumores precoces de até 1 cm, quando ainda não são palpáveis. O especialista dá dicas para prevenir alguns tipos de neoplasias destacadas pela campanha. “Para prevenir o câncer de pele, por exemplo, deve-se evitar a exposição solar excessiva, sem proteção, principalmente entre 10h e 16h. Aqueles que trabalham expostos ao sol, devem usar roupas adequadas, com mangas longas e fazer uso de chapéu. O câncer de boca previne-se ao evitar consumo de álcool e tabaco, bem como mantendo uma boa higiene bucal, o mesmo vale para tumores de laringe e faringe”, afirmou. Não é possível evitar o câncer de tireoide, esse tumor é inteiramente causado por predisposição genética. Existem também os tumores relacionados à exposição ao papilomavírus (HPV), que também podem provocar câncer de boca, de laringe e faringe. Para preveni-los, deve-se evitar ter múltiplos parceiros. A vacinação contra o HPV deve ser aplicada em meninos e meninas, de 9 a 14 anos.
HOSPITAL OPHIR LOYOLA AUMENTA CAPTAÇÃO DE RECURSOS E PRODUTIVIDADE
Em seis meses, foram cerca de 7 milhões recebidos do Ministério da Saúde, que possibilitam a sustentabilidade financeira da unidade de saúde e ampliam o acesso da população O Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, recebeu nos últimos seis meses cerca de 7 milhões do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec), do Ministério da Saúde (MS). Em 2023, a instituição de saúde apresentou uma aumento de 254% no valor do financiamento do governo federal para as ações de média e alta complexidade, em relação a 2019. Os resultados alcançados representam o aumento da produtividade, ações estratégicas e habilitação de novos serviços e procedimentos pelo hospital e qualificação dos registros nos Sistemas de Informação Ambulatorial e Hospitalar (SIA/SIH). A cada ano, mais de 1 milhão de atendimentos são realizados em especialidades e subespecialidades clínicas e cirúrgicas, nas áreas de oncologia, neurologia, neurocirurgia, nefrologia e transplantes, para usuários dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos. Considerando as necessidades atuais e futuras da população, o Hospital incorporou diversos serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS), para ampliar a oferta de procedimentos especializados. Mutirões de cirurgias eletivas realizados aos finais de semana, cirurgias de redução de mama pós-mastectomia, cirurgias vasculares de alta complexidade, reabilitação vocal com laringe eletrônica, transplante de medula óssea, dentre outros procedimentos, foram inseridos no HOL e habilitados pelo MS. “A ampliação das atividades operacionais, alinhada à consolidação de informações sobre indicadores quantitativos e qualitativos da produção nos últimos anos, impulsionou os repasses financeiros de custeio pelo governo federal”, informou o diretor-geral, Jaques Neves. Recursos – O ressarcimento dos procedimentos cobertos pelo SUS ajuda a resolver questões relacionadas à saúde da população e repercute na Gratificação de Desempenho Institucional (GDI), instituída pela Lei nº 6.673, de 2 de agosto de 2004. O direito é pago trimestralmente, com a retirada de 30% dos recursos próprios, provenientes do SUS, que ingressam no Hospital. “Em nosso planejamento, alinhamos as ações estratégicas e metas que devem ser operacionalizadas, com a finalidade de melhorar os nossos indicadores assistenciais e garantir uma assistência integral e qualificada aos nossos usuários. A ampliação de serviços e procedimentos beneficia não somente a população, mas também contribui para o aumento da receita e valorização dos nossos servidores, por meio do aumento da Gratificação de Desempenho Institucional”, reiterou Jaques Neves. Desde o ano passado, o Hospital Ophir Loyola realizou um trabalho de conscientização para destacar aos servidores que a qualidade da informação dos serviços prestados influencia diretamente nos recursos recebidos. “O armazenamento dos dados relacionados à produção é imprescindível para os repasses de recursos necessários à manutenção da assistência. O aperfeiçoamento das informações ajuda a aumentar o nosso faturamento e a sustentabilidade financeira, e ampliar o acesso da população. A ideia é alavancar a GDI para manter os servidores motivados e, principalmente, aumentar cada vez mais a produtividade do Hospital e a qualidade da assistência”, destacou a coordenadora das Contas Médicas, Débora Jaires.
MICROCIRURGIA INÉDITA NO ESTADO É REALIZADA PELO OPHIR LOYOLA
Técnica garante aparência natural da mama, preserva músculos abdominais e possibilita recuperação mais rápida O Hospital Ophir Loyola (HOL) realizou a primeira reconstrução de mama com microcirurgia no Estado do Pará. A intervenção cirúrgica foi realizada na paciente Raimunda Gercina, 52 anos, que apresentava assimetria em decorrência de uma mastectomia total do lado esquerdo devido ao câncer nessa região. A técnica DIEP utiliza fios microscópicos para retirar um retalho do abdômen, levá-lo à região afetada e devolver a forma e volume perdidos, conforme a estrutura e estética da paciente. O procedimento foi realizado no último dia 5 de julho e durou cerca de 9 horas e foi realizado pela equipe de cirurgia plástica do HOL, sob o comando do doutor Milton Fernandes. Conforme o especialista, a metodologia mantém os vasos sanguíneos preservados para conectá-los aos vasos do tórax, permitindo o retorno da circulação sanguínea no local. “A utilização do próprio tecido do paciente garante um aspecto mais natural e uma melhor satisfação e qualidade de vida pós-operatória a longo prazo. Utilizamos de preferência o retalho da pele e tecido subcutâneo da região do abdômen para este tipo de reconstrução”, esclareceu. A cirurgia é indicada no hospital para pacientes que realizaram uma mastectomia total ou parcial devido ao câncer de mama. “Também podem ser submetidas mulheres que passaram por reconstrução com prótese de silicone e, por alguma complicação, precisam retirá-la e substituí-la por um tecido. Inclusive, pacientes que vão fazer mastectomia profilática, procedimento de remoção da mama antes mesmo do câncer aparecer, por um risco aumentado ou mutação genética compatível com o desenvolvimento da doença”, explicou o cirurgião plástico. Nesta quinta-feira, 18, a paciente compareceu ao hospital para uma consulta de retorno como cirurgião plástico. Raimunda contou que comemorou bastante ao receber a notícia sobre a cirurgia. “Tive alta no ano passado da mastologia, a cirurgia era o meu sonho. Eu me sentia horrível ao vestir roupa decotada, as pessoas notavam e ficavam perguntando. Fiquei com um vazio no corpo, na alma. A minha autoestima e o meu casamento foram afetados. Foi uma época muito difícil. Hoje sou viúva, mas meu marido falava coisas que me machucavam, dizia que não era uma mulher completa. Mas agora tenho motivos para festejar”, disse. Metodologia – Uma incisão é realizada no abdômen da paciente, a pele e o tecido subcutâneo são retirados e preservado o vaso sanguíneo responsável pela circulação desse retalho. Posteriormente, retira-se um segmento da costela para expor as artérias e veias mamárias que serão a nova fonte de circulação sanguínea do retalho. Após a reconexão, a mama reconstruída é então posicionada e moldada da melhor forma possível. “As artérias e veias dissecadas são usadas para fazer a conexão do vaso preservado do abdômen com ajuda do microscópio. O material é delicado e pequeno, então é realizado um treinamento à parte. A reconexão dos vasos é feita por meio de sutura microscópica. Nossa equipe está treinada e repassamos a técnica para os outros profissionais da equipe. O procedimento já está disponível para pacientes com essa indicação cirúrgica”, afirmou Fernandes. Benefícios – A principal vantagem dessa cirurgia em relação a métodos mais tradicionais é a preservação da parede abdominal. Além disso, promove a forma e a consistência natural da mama, um melhor contorno corporal e não há necessidade de implantes, portanto os resultados são mantidos a longo prazo. Antes, para levar esse tecido do abdômen ao tórax, além da pele e do tecido subcutâneo, eram necessárias estruturas mais profundas, como a aponeurose (tecido que reveste o músculo) e a própria musculatura. “O risco de causar dano à parede abdominal era alto, com possibilidade de desenvolvimento de abaulamentos, hérnia da parede abdominal e problemas posturais. Era uma cirurgia agressiva. Com a evolução da técnica, conseguimos levar apenas o essencial que é a pele, a gordura e o tecido subcutâneo com o vaso conectado e preservar a parede abdominal. As chances de complicações são muito reduzidas”, destacou Fernandes. A recuperação é semelhante à de qualquer outra cirurgia de caráter reparador. A paciente precisa se acostumar nos primeiros dias com a posição do retalho para as feridas cicatrizarem de maneira apropriada. Após um tempo, ocorre o desinchaço e, em seguida, a retirada dos drenos e dos pontos. A estimativa é de que Raimunda Gercina volte às suas atividades normais após 30 dias.