Fumantes de cigarros, charutos, cachimbos e derivados do tabaco têm cinco vezes mais chances de desenvolver tumores na cavidade oral Campanha dedicada à conscientização sobre o câncer da cavidade oral, o Maio Vermelho também faz referência ao 31 de maio – Dia Mundial Sem Tabaco. Isso porque o tabagismo está entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença, que acomete lábios, gengiva, bochechas, palato, língua e assoalho da boca (região embaixo da língua). Apesar de pouco conhecida, a neoplasia maligna ocupa a oitava posição entre os principais tipos de cânceres que acometem os brasileiros. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta cerca de 15.100 casos novos em 2024, um risco estimado de 6,99 por 100 mil habitantes, sendo 10.900 do sexo masculino e 4.200 do sexo feminino. Ainda segundo o órgão auxiliar do Ministério da Saúde, homens tabagistas, com idade acima dos 40 anos e de baixa renda são os indivíduos mais acometidos pela doença. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados. Em homens, o tumor é o quarto mais frequente na Região Sudeste (13,16 por 100 mil) e o quinto nas Regiões Nordeste (8,35 por 100 mil), Centro-Oeste (8,14 por 100 mil) e Norte (4,53 por 100 mil). Na Região Sul (10,52 por 100 mil), ocupa a sexta posição. Entre as mulheres, é o 13º nas Regiões Sudeste (4,37 por 100 mil), Nordeste (3,87 por 100 mil) e Norte (1,96 por 100 mil). Já na Região Centro-Oeste (3,21 por 100 mil), ocupa a 15ª posição. Na Região Sul (3,60 por 100 mil), está na 16ª posição. Para o Estado do Pará são estimados 260 casos novos (170 em homens e 90 em mulheres). Dados do Hospital Ophir Loyola (HOL), referência em oncologia, apontaram 273 pacientes em tratamento contra o câncer bucal até o mês de abril, sendo 61% do sexo masculino e 39% do sexo feminino. Ainda segundo a análise estatística da instituição, houve um aumento de 22% de novos casos em 2023 em relação ao ano de 2019. Foto: Ascom / HOL Fatores de risco e prevenção – Estima-se que fumantes de cigarros, charutos, cachimbos e derivados do tabaco têm cinco vezes mais chances de desenvolver tumores na cavidade oral. “A prevenção ocorre com a eliminação do fumo e do consumo de álcool (fatores de maior potencial carcinogênico), além da manutenção de uma alimentação saudável, rica em frutas e vegetais. Também é indicada a aplicação de protetor solar nos lábios, bem como o uso de preservativos durante a relação sexual oral, a fim de evitar a infecção pelo Papilomavírus (HPV)”, orientou a coordenadora da Divisão de Odontologia do HOL, Gyselle Oliveira. Os profissionais da agricultura e criação de animais, indústria têxtil, construção civil, metalúrgica, oficina mecânica, mineração de carvão, cabeleireiros, carpinteiros, pintores, mineiros, açougueiros, entre outros tipos de trabalhadores apresentam um risco aumentado de desenvolver a doença, conforme o Ministério da Saúde. As manchas e as lesões esbranquiçadas semelhantes a aftas e que não cicatrizam devem ser examinadas. “Por serem assintomáticas nos estágios iniciais, as lesões do câncer de boca merecem atenção. O autoexame, o rastreamento e a detecção precoce feito por um especialista são fundamentais para que ocorra o diagnóstico precoce, favorecendo o tratamento e aumentando as possibilidades de cura. Em contrapartida, quando não tratadas, as lesões evoluem para úlceras e nódulos”, ressaltou a especialista do HOL. Gyselle Oliveira é categórica ao afirmar que “qualquer lesão persistente por mais de 15 dias deve ser investigada por um especialista, que avaliará o volume, o contorno e as alterações teciduais”. Contudo, pacientes com câncer de boca também podem apresentar rouquidão persistente e dificuldades na fala, mastigação e deglutição. “A investigação continua com a biópsia e, caso o diagnóstico aponte câncer, o paciente é encaminhado pelo sistema de regulação para dar início ao tratamento adequado. O acompanhamento de rotina é realizado pelo oncologista e por um odontologista.” Alterações nos lábios são fáceis de notar, mas é necessário atentar para a cavidade interna da boca, como embaixo da língua, onde não se costuma ter uma visibilidade tão boa. “O autoexame é recomendado para observar se há algo incomum ou se há algo machucado. Alguns sinais que seriam observados por um especialista podem passar despercebidos aos olhos de uma pessoa comum”, disse. Os casos suspeitos devem ser identificados pela equipe da Atenção Primária no Sistema Único de Saúde (SUS). O diagnóstico pode ser realizado por cirurgião-dentista capacitado para realização da biópsia, em unidades básicas de saúde e nos centros de especialidades odontológicas. A frequência ideal para ir ao cirurgião-dentista pode variar de dois em dois meses ou anualmente, a depender dos hábitos de higiene, fatores de riscos ou problemas apresentados por cada paciente. “A maioria das doenças de boca é cárie e doença periodontal. Há pacientes que nada manifestam e podem ir de ano a ano ao dentista, porém aqueles que não têm cuidados adequados, precisam comparecer em um intervalo menor de tempo. O trabalho dos profissionais inseridos na prática clínica, por meio de uma investigação detalhada dos casos, exame físico sistemático e a prescrição adequada de exames complementares, é indispensável à uma melhor precisão no diagnóstico precoce e na contribuição para o controle do câncer de boca”, concluiu a cirurgiã-dentista.
MAIO CINZA: ‘CÂNCER CEREBRAL AFETA O FUNCIONAMENTO DO CORPO’, ALERTA ESPECIALISTA DO HOSPITAL OPHIR LOYOLA
No Pará, o risco estimado é de 2,91 casos novos da doença a cada 100 mil homens e de 2,77 a cada 100 mil mulheres Conforme um levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), os cânceres do Sistema Nervoso Central (SNC) ocupam a oitava posição em homens e a décima posição nas mulheres da região Norte do país. No Pará, o número estimado de novos casos da doença, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 250 casos, sendo 130 diagnosticados no sexo masculino e 120 no sexo feminino. Esses números correspondem a um risco estimado de 2,91 casos novos a cada 100 mil homens e de 2,77 a cada 100 mil mulheres. Cerca de 90% desses tumores se desenvolvem no cérebro e somente uma parcela acomete a medula espinhal e os nervos cranianos. Embora considerados incomuns, as neoplasias malignas cerebrais ganharam importância no cenário da epidemiologia do câncer devido à alta letalidade. E, neste mês, conhecido como “Maio Cinza”, o especialista do Hospital Ophir Loyola (HOL) alerta sobre o diagnóstico precoce do câncer cerebral, patologia originada devido às mutações genéticas no DNA das células, que se multiplicam de forma desordenada e formam o tumor. A doença pode trazer sérias consequências e afetar a qualidade de vida do paciente, porém os sintomas variam conforme o tipo, localização e estágio da doença. Existem três tipos de tumores mais frequentes no HOL: as metástases cerebrais, seguidas dos tumores de hipófise (benignos); os gliomas de alto grau (também chamados de glioblastomas) e os meningiomas. Os tumores benignos crescem de forma silenciosa, com poucos sintomas. Já os tumores malignos possuem uma evolução rápida e ocasionam complicações em razão da compressão causada nas estruturas vizinhas ao tumor e pela hipertensão intracraniana. “Os primeiros sinais são dor de cabeça intensa, visão turva, perda de equilíbrio, alterações na linguagem e na memória, vômitos, e até mesmo convulsões. As causas são diversas e podem ser genéticas, como o histórico de câncer, as síndromes Li Fraumeni e Lynch, mas também ambientais como a exposição à radiação”, informou o chefe do Serviço de Neurocirurgia do HOL, José Reginaldo Brito. Conforme o especialista, o diagnóstico precoce e a conduta terapêutica adequada são essenciais para impedir a progressão desse tipo de câncer. “Em caso de um ou mais sintomas, um médico deve ser consultado. Geralmente, são solicitados exames como tomografia computadorizada de crânio seguida da ressonância magnética. Caso alguma alteração clínica ou de imagem sejam identificadas, o paciente deverá ser encaminhado a um serviço de referência”, orientou o neurocirurgião. “O tratamento inicial é cirúrgico e com objetivo de fechar o diagnóstico definitivo, por meio da análise de uma amostra do tumor que é encaminhada para a avaliação. A outra finalidade é retirar o tumor na totalidade ou realizar uma ressecção parcial quando existe a impossibilidade da ressecção completa. E, conforme o tipo histológico, no caso dos tumores malignos, a sequência do tratamento será a radioterapia e a quimioterapia”, elucidou Brito. Cirurgias – Dor de cabeça, visão turva e vômitos constantes levaram o pescador Fernando Matos, de 21 anos, a procurar um oftalmologista. Entretanto, o morador do município de Breu Branco não imaginava que um tumor cerebral era a causa dos sintomas. “Imaginava um problema na vista, mas fui encaminhado para um neurologista. Quando vi, já estava no Hospital Regional de Tucuruí e de lá fui transferido para o Hospital Ophir Loyola, onde fiz a cirurgia e passei quase três meses internado. Mas, graças a Deus, saí sem nenhuma sequela. Agora vou aguardar o resultado da biópsia para saber se é benigno ou maligno”, contou. Os tumores cerebrais malignos podem surgir diretamente no cérebro ou chegarem até o órgão. São considerados primários quando originados das células do SNC (do próprio encéfalo, dos nervos cranianos e das meninges), e podem invadir e destruir os tecidos cerebrais. Os tipos mais frequentes nas mulheres são os meningiomas, enquanto os glioblastomas acometem mais os homens. Mas também surgem a partir de um câncer, normalmente de mama, pulmão ou gastrointestinal e se espalham para o cérebro por meio da corrente sanguínea, a chamada metástase, comumente diagnosticada em adultos. A enfermeira Maria Izabel Ramos, 48 anos, foi diagnosticada com um câncer de mama no ano de 2020 e passou por uma cirurgia conservadora. Após dois anos afastada, ela retornou às atividades laborais, porém começou a sentir tonturas, dor de cabeça e problemas na visão. E, durante uma consulta, o médico informou que ela não poderia mais retornar à residência porque estava com uma metástase cerebral. Em sete meses, foi submetida a duas cirurgias, além de radioterapia e quimioterapia. “Internei em setembro do ano passado, quando ocorreu o primeiro procedimento cirúrgico. Mas não foi possível retirar todo o tumor em razão da área em que estava localizado. Passei por sessões de radioterapia, contudo os sintomas voltaram e os exames de imagem constataram a evolução do tumor. Novamente passei por uma abordagem cirúrgica no cérebro, foram nove dias na Unidade de Terapia Intensiva. Entretanto, desta vez, foi possível retirar toda a massa e precisei de enxerto de pele. Após um mês internada, irei pra casa e continuarei em acompanhamento ambulatorial”, disse. “Alguns tumores são mais agressivos que outros e possuem uma evolução mais rápida também, portanto, identificá-los o quanto antes é imprescindível para um melhor prognóstico e manutenção da qualidade de vida. Quando se fala em câncer, especialmente em um órgão importante como o cérebro, o diagnóstico em estágio inicial é determinante. Principalmente, quando se trata de metástase por ser uma condição que exige atenção e acompanhamento médico constante”, destacou Reginaldo Brito. Hospital Ophir Loyola – Habilitado como Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), o hospital realiza o tratamento de 133 pacientes com câncer cerebral. Somente em 2023, recebeu 73 casos novos da doença, e mais 10 pacientes até março deste ano. A unidade hospitalar possui ambulatórios de diversas subespecialidades e oferta recursos terapêuticos contra os tumores do Sistema Nervoso Central. Os pacientes são referenciados pela Unidade Básica de Saúde ou Secretaria Municipal de Saúde do município
HOSPITAL OPHIR LOYOLA DESTACA ASPECTOS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS DA ENFERMAGEM
Programação dissemina experiências exitosas na assistência, no ensino, na investigação, na gestão e em outros cenários de atuação dos profissionais O Hospital Ophir Loyola encerra, nesta quinta-feira (16), as atividades alusivas a 85ª Semana Brasileira de Enfermagem, que destaca a importância dos profissionais da área para o Sistema Único de Saúde (SUS) e sociedade. A programação conta com mesas redondas, minicursos, palestras, painéis dialogados, gincana solidária, apresentações científicas e culturais e reúne residentes, profissionais de enfermagem e convidados no auditório Luiz Geolás. Em todo o Brasil, a Semana faz referência as datas de 12 e 20 de maio, que celebram o Dia do Enfermeiro e do Técnico e Auxiliar de Enfermagem, respectivamente. As exposições orais são relacionadas ao tema nacional “Romper ‘Bolhas’ no Mundo Atual para o Resistir e o Coexistir da Enfermagem” e subtema “A Enfermagem no HOL na Interação Ensino – Serviço Socioambiental”. Este ano, a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) busca consolidar políticas públicas para reconhecer as conquistas e superar os desafios que envolvem a formação na atualidade, assim como evidenciar a importância do desenvolvimento da capacidade de coexistência da enfermagem junto a outros sujeitos sociais para um planeta mais sustentável. Na ocasião, a mesa solene, presidida pela chefe do Centro de Suporte de Enfermagem (CSE), Eliete Morais, contou ainda com a participação do diretor-geral Jaques Neves, da representante da Diretoria Clínica, Gizelle Azevedo; da Diretora-de Ensino e pesquisa, Margareth Braum e da representante da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn – Seção Pará), Maria de Belém Sozinho. Em seguida, a palestra de abertura “Romper as Bolhas da Alienação Política para Fortalecer Espaços de Luta na Enfermagem” foi ministrada pela vereadora e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), enfermeira Nazaré Lima. “O que é uma bolha? É um agrupamento de pessoas que pensam semelhantes, que têm hábitos e costumes semelhantes e só conversam entre si. Mas precisamos romper com limitações e interagir de uma forma multiprofissional. A temática proposta pela ABEn visa justamente quebrar paradigmas e promover inovações em nossa área de atuação. É um convite para que a nossa classe trabalhadora tenha participação política, não somente institucional, mas teórica e filosófica. Somos a maior categoria da área de saúde, portanto precisamos refletir sobre a valorização do nosso trabalho”, afirmou Nazaré Lima. Uma estimativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) aponta que 90% dos processos de cuidado em hospitais são realizados por esses profissionais. O Pará tem cerca de 17 mil trabalhadores registrados. “O encontro oferece embasamento científico, mas também fortalece os aspectos éticos, técnicos e políticos relacionados à nossa prática na atualidade. São vertentes importantes, considerando que a enfermagem exerce um papel fundamental na assistência e atua em conjunto com a equipe interdisciplinar”, elucidou a coordenadora do evento, Eliete Morais. Em Belém, o CSE do HOL possui 992 servidores, sendo 163 enfermeiros, 619 técnicos e 66 auxiliares de enfermagem, distribuídos nas clínicas de internação, áreas administrativas e de urgência e emergência oncológica. “Assumimos diversas responsabilidades referentes ao cuidado, como avaliação de diagnóstico, tratamento individualizado, reabilitação e atendimento à família. Também realizamos a identificação precoce de possíveis complicações que afetam o paciente e a prevenção de outros agravos de saúde”, afirmou Eliete. Ciência da Enfermagem – A programação divulga e dissemina experiências exitosas relacionadas ao cuidar nos âmbitos da assistência, do ensino, da investigação, da gestão e em outros cenários de atuação da enfermagem. Além dos debates realizados, a celebração atribui menção honrosa aos profissionais que construíram a trajetória do Curso de Especialização Modalidade Residência de Enfermagem da instituição de saúde. Também foram ofertados minicursos para contribuir com a capacitação e promoção dos conhecimentos que fundamentam a prática profissional. A professora doutora Francilene Belo aplicou um dos minicursos intitulado “Suporte Básico e Avançado de Vida”. Na ocasião, foram utilizados simuladores de reanimação cardiopulmonar (RCP) adulto e infantil para que os participantes pudessem realizar e verificar a qualidade das manobras. Os simuladores possibilitam um feedback sobre a qualidade da prática e, caso não seja feita com precisão, sinaliza um percentual qualitativo baixo, mas eleva consideravelmente quando as manobras são realizadas com alto padrão de qualidade. “Precisamos alertar os profissionais de saúde que a reanimação cardiopulmonar precisa ser feita com alta qualidade para que os pacientes não sejam devolvidos para a sociedade com sequelas neurológicas devido a um procedimento mal realizado. Portanto, vou promover a discussão sobre os protocolos internacionais que dão chances para que o paciente sobreviva sem sequelas irreversíveis”, destacou a doutora. Semana – Em 1960, o presidente Juscelino Kubitschek institui a Semana Brasileira, pelo decreto de n° 48.202, estabelecendo a celebração no período de 12 a 20 de maio, datas que rememoram, o nascimento de Florence Nightingale e o falecimento de Anna Nery, respectivamente. Assim, ficou estabelecido que durante a Semana deveria ser dada ampla divulgação às atividades de enfermagem e congraçamento da classe em suas diferentes categorias profissionais, bem como o estudo de problemas cujas soluções resultem na melhor prestação de serviço ao público.
HOSPITAL OPHIR LOYOLA DESTACA AVANÇOS NA QUALIDADE DOS SERVIÇOS E SEGURANÇA DO PACIENTE
Por meio de “estações” e dinâmicas, a instituição referência em tratamento oncológico divulgou protocolos institucionais baseados nas metas internacionais de segurança Em ação alusiva às metas internacionais de segurança do paciente e prevenção de infecções, o Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, realizou nesta sexta-feira (03) o “Super Heróis da Segurança do Paciente”, evento anual que aborda avanços no cuidado e dissemina a cultura sobre essa temática no ambiente hospitalar. Além de celebrar o Programa Nacional de Segurança do Paciente, a programação remete ao Dia Nacional de Higiene das Mãos, a ser celebrado no próximo dia 5 (domingo), e o Dia Nacional de Controle de Infecção Hospitalar – 15 de Maio. Organizada pela Assessoria de Qualidade e Segurança do Paciente (ASQS), do HOL, a ação promoveu a capacitação de profissionais quanto às metas internacionais de segurança, sobre o protocolo de higienização das mãos, a disseminação de práticas assistenciais seguras e medidas de prevenção de riscos. Foto: Ellyson Ramos/Ascom HOL Conscientização – Segundo explica a assessora de Qualidade e Segurança do Paciente, a médica Alessandra Leal, a finalidade é conscientizar o público e aprimorar os cuidados na área de saúde. “Convidamos todas as equipes a participarem desse evento, abordando as metas de segurança a partir daquilo que vivenciam no dia a dia. Cada área pensou em uma dinâmica que fizesse com que os usuários, acompanhantes e demais servidores assimilassem o conteúdo da melhor forma possível”, ressaltou a médica. Ainda segundo Alessandra Leal, o compartilhamento das boas práticas e das estratégias previne erros e estabelece a comunicação efetiva. “Nesta parceria com a Comissão de Controle à Infecção Hospitalar (CCIH) aumentamos a adesão à higiene das mãos nos serviços de saúde, protegendo tanto os pacientes quanto os profissionais. Estamos diante de um espaço no qual compartilhamos experiências em todas as áreas da saúde. Afinal, são metas que norteiam um atendimento seguro e adequado para o paciente dentro do sistema de saúde, tornando o caminho do paciente o mais seguro possível, desde a entrada até a saída da unidade”, acrescentou. Atento às explicações, o técnico em Laboratório Arthur Cardoso ressaltou que “essa mostra é muito importante, tanto para os profissionais quanto para todo o público assistido pelo Hospital. Quando seguimos as metas internacionais de segurança, garantimos um ambiente mais seguro para todos, principalmente para os pacientes. E eles (usuários) podem notar que em todo o processo de atendimento existe, sim, uma preocupação com o seu bem-estar e, acima de tudo, com a sua segurança”. “Cada estande foi trabalhado no sentido de permitir a melhor visualização da meta, tanto para os profissionais quanto para os usuários dos serviços de saúde. Acreditamos que a comunicação efetiva permeia todas as outras metas, e esse evento é uma forma de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os serviços do Hospital”, disse a enfermeira Ivone Ramos, gerente da Clínica de Neurocirurgia do HOL. Foto: Ellyson Ramos/Ascom HOL Dinâmicas – Para ilustrar a primeira meta, os profissionais utilizaram o “Dado da Segurança”, com perguntas sobre a identificação do paciente, em respeito à legislação sobre o nome social na identificação. Na meta 02, o público interagiu com a “roleta da comunicação”, que fortaleceu ferramentas utilizadas na comunicação efetiva. O “guarda-chuva da segurança” trouxe perguntas sobre prescrição e administração de medicações, abordado na meta 03. Com um “pit-stop da cirurgia segura”, o público acompanhou todo o percurso percorrido pelo paciente, do pré ao pós-operatório. Na meta 05, atividades interativas demonstraram a importância da higienização das mãos na prevenção de infecções. Na sexta meta foram abordadas diversas formas de prevenção à queda e lesão por pressão; pescaria de brindes, bingo da segurança e mostras de coxis. Por fim, no “big-fone da segurança”, os profissionais entravam em contato com um visitante do estande e, caso acertassem as respostas às perguntas, ganhariam um brinde.
CENTRO DE CUIDADOS PALIATIVOS DO OPHIR LOYOLA GARANTIRÁ ACOLHIMENTO ESPECIALIZADO
Governo do Pará entregará, nesta terça-feira, 30, espaço voltado ao atendimento integral de pessoas com câncer em progressão O serviço especializado em cuidados paliativos é um alento aos pacientes portadores de doenças incuráveis, avançadas e em progressão. Quando a capacidade funcional está comprometida e as condições clínicas exigem o monitoramento dos sintomas e a intervenção imediata de profissionais especializados, o serviço se torna essencial para o usuário. E para atender essa demanda oncológica, o Hospital Ophir Loyola (HOL), há mais de 20 anos presta esse tipo de acompanhamento, ganhará um prédio específico para esse atendimento, o primeiro Centro de Cuidados Paliativos Oncológicos (CCPO) da Região Norte do Brasil. Com 30 novos leitos, o novo centro será entregue pelo Governo do Pará nesta terça-feira, 30. O objetivo é estabelecer condições necessárias à assistência em cuidados paliativos oncológicos, promover o controle da dor e demais sintomas e proporcionar o acompanhamento e intervenção psicológica, social e espiritual de usuários que lidam com doenças oncológicas com maior potencial de ameaça à vida. O Centro possui uma área total de quase 2.600 m² e conta com instalações físicas, e recursos humanos adequados à prestação de assistência especializada, humanizada e de alta complexidade a pacientes em estágio avançado do câncer. O prédio disporá de consultórios, sala de ultrassonografia, laboratórios, farmácia, recepção, rouparia, almoxarifado, serviço de fisioterapia, nutrição e dietética e o Centro de Material e Esterilização. Haverá ainda um espaço dedicado ao Ensino e à Pesquisa, que contribuirá para estudos dedicados a trazer melhorias para a assistência. Foto: Marcelo Souza /Ag.Pará A chefe do Serviço de Cuidados Paliativos Oncológicos do HOL, Ana Carolina Gonçalves, explica que esse sistema de apoio deve ser aplicado a partir do diagnóstico de qualquer doença que ameace a vida, pois está envolto de decisões sobre condutas terapêuticas que devem ser tomadas conforme o quadro clínico do usuário. Ainda conforme a médica paliativista, a entrega do centro representa um importante avanço na assistência e um marco na saúde pública paraense. “Embora esses cuidados não estejam direcionados à cura, o atendimento no CCPO será capaz de contribuir na contenção da progressão da doença e também de permitir acolhimento e conforto diante da terminalidade da vida. Os cuidados paliativos dão suporte para que o paciente possa viver com as limitações impostas pela doença e se estende a toda rede de apoio do paciente que, na maioria das vezes, é formada pela própria família. Esses cuidados somente são finalizados com a morte e atendimento de luto”, enfatizou a médica paliativista. A especialista ressalta ainda que a dor dos pacientes é multifatorial, portanto esse complexo sintoma vai muito além do físico. “Com as medicações analgésicas e adjuvantes disponíveis no mercado nacional, conseguimos controlar ou aliviar 85 a 90% das dores dos pacientes oncológicos. Cerca de 10% desses pacientes irão necessitar de procedimentos neurocirúrgicos e/ou anestésicos para sentir a melhora da dor. Mas também existem demandas específicas de sofrimento biopsicossocial amenizadas por nossa equipe multiprofissional”, esclareceu. Segundo o diretor-geral, João de Deus, o investimento representa o compromisso do Governo do Estado com políticas públicas para resolver problemas históricos relacionados à saúde. “A entrega do Centro irá suprir uma necessidade antiga por um espaço que atenda as singularidades dessa fase do adoecimento, pois quando falamos em cuidados paliativos, falamos em protocolos e diretrizes terapêuticas que aliviam as dificuldades enfrentadas pelos pacientes e promovem uma melhor qualidade de vida. O atendimento prestado no Centro irá valorizar a multiprofissionalidade dentro do cuidado sem esquecer das dores do cuidador, que também é afetado com o adoecimento de alguém que se ama”, afirmou o gestor. Diante da alta complexidade dos sintomas apresentados pelos usuários do serviço, a médica paliativista reforça a importância do Centro para o sistema de apoio que ajude o usuário e a família a lidar com a doença e a finitude da vida. “Devemos proporcionar ao paciente, autonomia e funcionalidade. É preciso ter empatia, mas acima de tudo compaixão para ofertarmos a escuta atenta, compreender as necessidades e conduzir a assistência da melhor forma possível. Afinal, nosso objetivo é acolher integralmente e com afeto, amenizando o sofrimento físico e psíquico que a doença provoca no enfermo e no seio familiar”, conclui Caroline. Serviço – O Centro de Cuidados Paliativos Oncológicos do Hospital Ophir Loyola (HOL) prestará assistência paliativista ampla e integral aos pacientes assistidos pela instituição. Situado na Rua dos Mundurucus, 1014, bairro do Jurunas, em Belém, o serviço de paliação contará com equipe multidisciplinar constituída por médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos com apoio de nutricionistas, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. O local oferecerá suporte para procedimentos hospitalares especializados e exames de imagenologia e laboratoriais.
OPHIR LOYOLA DESTACA IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE PRÓSTATA
Hospital destaca que homens devem realizar os exames preventivos a partir dos 45 anos e, em caso de histórico familiar, entre os 40 e 45 anos Novembro Azul é a campanha nacional reservada para a conscientização da saúde do homem, com ênfase no diagnóstico precoce do câncer de próstata, doença que afeta aproximadamente 72 mil homens por ano em todo o Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). No Pará, são diagnosticados anualmente cerca de 24 casos novos para cada 100 mil habitantes. Em Belém, o Hospital Ophir Loyola (HOL), referência em oncologia, assistiu 2.419 pacientes com a doença durante o período de 2021 até setembro de 2024. A próstata é uma glândula pequena localizada na parte inferior do abdômen do homem, possui o formato de uma castanha e fica situada logo abaixo da bexiga, à frente do reto, parte final do intestino grosso. Uma das funções da próstata é a produção de parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides liberados durante a relação sexual. Em fase inicial, o câncer de próstata não apresenta qualquer sintoma nos pacientes, evolui de forma silenciosa. Mas quando se manifestam, os sintomas são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, sangue na urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Quando em estado avançado, o tumor maligno pode provocar dor óssea, sintomas urinários e, quando mais grave, infecção generalizada ou até mesmo um quadro de insuficiência renal. O chefe do serviço de urologia do HOL, Ricardo Tuma, destaca que um dos principais desafios na luta contra o câncer de próstata é o diagnóstico precoce, fundamental para um melhor prognóstico. “Nós estamos conseguindo receber pacientes com o câncer em uma fase mais inicial. Em outras palavras, quando o paciente chega ao hospital com um tumor mais localizado, oferecemos um tratamento curativo e evitamos que o câncer evolua com metástase – processo pelo qual as células cancerígenas se desprendem do tumor principal e se espalham para outras partes do corpo, formando novos tumores”, afirmou. “A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos. Quando se trata de pacientes com sinais e sintomas sugestivos da doença ou de indivíduos sem sintomas, mas que apresentam predisposição para a doença, os exames recomendados são os de toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico)”, informou. Morador do município de Abaetetuba, o aposentado, Pedro Alves, foi diagnosticado aos 74 anos com câncer de próstata. Atualmente, ele é um dos pacientes da Clínica de Urologia, do Hospital Ophir Loyola. “Foi há um ano, fiquei uns três dias urinando sangue, e então fui ao médico, ele mandou eu fazer um exame e constatou que era a próstata”, afirmou Pedro Alves. Um dos exames realizados por Pedro foi o PSA, que é um teste feito a partir da coleta de amostra de sangue do paciente, utilizado principalmente para rastrear o câncer de próstata. Mas o aposentado não está sozinho na luta contra o câncer de próstata, além da equipe multidisciplinar do Hospital, a filha dele, a dona de casa, Vanda Alves, 50 anos, acompanha o pai durante todo o tratamento. “Ele logo foi chamado para uma consulta, fez diversos exames como a biópsia, todos comprovando câncer de próstata. Agora estou aqui, cuidando dele”, afirmou Vanda Alves. Fatores de risco – A hereditariedade e a idade são fatores de risco importantes, considerando que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 60 anos. Portanto, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens com idade a partir dos 45 anos já comecem a realizar exames preventivos contra o câncer de próstata. E, em caso de histórico familiar, os exames de rastreamento são indicados entre os 40 e 45 anos. Além disso, o envelhecimento não é o único fator que deve preocupar os homens, o excesso de gordura corporal, o tabagismo, a exposição a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio), o arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas são todas substâncias associadas ao câncer de próstata. Serviço – Para ser atendido o Hospital Ophir Loyola, o paciente precisa ser referenciado pela Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Secretaria Municipal de Saúde do município de origem, via sistema de regulação Texto de David Martinez, sob a supervisão de Leila Cruz